O UOL fez uma lista com imagens bem interessante, comparando as tecnologias de Back to the Future 2 com a realidade do 2015 nas maiores das cidades do mundo. Vejamos a matéria completa abaixo.
2015 é um ano especial para a clássica trilogia "De Volta Para o Futuro". Além do primeiro filme, de 1985, ter completado 30 anos em julho, quarta-feira, 21 de outubro de 2015, marcou finalmente o dia em que Marty McFly, sua namorada Jennifer Parker e o doutor Emmett Brown viajaram para o futuro na cidade de Hill Valley na segunda parte da trilogia, lançada em 1989. Como homenagem, o UOL Tecnologia lista aqui 30 visões do futuro mostrado no filme e o que temos de mais próximo em nosso presente.
VIAGENS NO TEMPO - A primeira tecnologia, que dá sentido a toda a história, obviamente é a que está mais longe de se concretizar - ainda mais a bordo de um estiloso DeLorean voador. Uma das teorias mais aceitas para viajar para o futuro é a do "buraco de minhoca" (no topo à direita), um tipo de atalho que permitiria atravessar o espaço-tempo. Essa teoria não aceita, porém, viagens para o passado, e Marty não poderia ajudar seu pai em 1955, como no primeiro filme. E claro, falta colocar a tese em prática com alguma máquina ainda não inventada.
CARROS VOADORES - No 2015 do filme, carros de rodas já começavam a ser convertidos para veículos voadores. As rodas se curvam para os lados e viram propulsores com algum tipo de energia antigravidade. Ainda não temos isso, mas a empresa Terrafugia Transition está desenvolvendo um carro voador com capacidade de decolar na vertical, como um helicóptero. O veículo foi batizado de TF-X e deve ser lançado nos próximos 10 anos.
LETREIROS VOADORES - Para acompanhar os veículos voadores, a placa que diz "Bem vindo a Hill Valley" também plana sozinha. Ninguém fez isso ainda; ficamos com as antiquadas faixas levadas por aviões monomotores. O mais moderno atualmente na publicidade outdoor são os anúncios animados em vídeo, expostos em uma tela digital plana e presentes em alguns pontos de ônibus das grandes capitais. E claro, eles não voam.
PREVISÃO DO TEMPO ULTRAPRECISA - Assim que o DeLorean aterrissa, o doutor Brown olha as horas em um relógio (será um smartwatch?) e diz que a chuva vai parar no minuto seguinte, e é o que acontece. A meteorologia do nosso presente está longe de ser tão precisa assim. O objetivo de Robert Zemeckis, diretor do filme, não era fazer uma previsão de futuro cientificamente precisa, e sim divertida. Porém, os aplicativos de tempo nos celulares até que quebram um galho, com previsões da temperatura para cada período do dia.
SKATE VOADOR - Um dos itens mais lembrados pelos fãs é o skate sem rodas, o "hoverboard", usado por Marty em uma perseguição contra a gangue de Griff, neto de seu desafeto Biff Tannen. É também outro objeto que não temos, mas não por falta de tentativas. A empresa Arx Pax criou o protótipo Hendo Hoverboard em 2014, equipado com 35 kg de baterias e eletroímãs. Outra companhia, a Lexus, testou neste ano um hoverboard com ímãs que funciona em uma pista de skate especial. Algo simples e que funcione em qualquer superfície? Um dia, quem sabe...
CORRETOR POSTURAL VOADOR - Mais um objeto voador do filme que não existe no nosso presente. O corretor postural usado no futuro por George McFly, pai de Marty, o deixa de ponta-cabeça - possivelmente para acelerar o tratamento da lesão - e flutua sozinho pelo cômodo. Só temos mesmo uma maca que deixa o usuário de ponta-cabeça e corretores que possuem ímãs para ajudar na circulação sanguínea.
HIDRATADOR DE ALIMENTOS - No jantar da família McFly, a avó Lorraine prepara pizzas em um objeto que parece um forno microondas, mas que na verdade tem a função de "hidratar" o alimento. A pizza entra minúscula e sai crescida e pronta para servir. Não temos nem esse tipo de pizza nem o hidratador. A melhor tecnologia envolvendo preparo de comida quente é mesmo o fogão por indução, que não usa chamas.
LIXO COMO COMBUSTÍVEL - Essa cena ocorre no presente (do filme), mas só foi possível porque o doutor Brown viajou antes para 2015: ele traz do futuro um reator nuclear portátil para fornecer combustível ao DeLorean via processamento de lixo. A energia nuclear provavelmente nunca será usada para fins domésticos devido ao alto risco, mas já temos algo interessante: em 2014, na Inglaterra, surgiu um ônibus alimentado por gás biometano, obtido por meio da decomposição de lixo orgânico, esgoto e até fezes.
PROJEÇÃO DE VÍDEO NO AR - Na praça central de Hill Valley, Marty olha um telão projetado no ar com um anúncio da conversão de carro sob rodas para carro aéreo. Isso não é possível ainda, mas a projeção 3D, que usa prédios e estátuas públicas como tela, cria "relevos" e artes mistas bem interessantes. Neste ano, o Cristo Redentor serviu de mote para uma campanha ambiental com essa projeção.
LIXEIRA AUTÔNOMA - Quando o doutor Brown tenta jogar fora o Almanaque dos Esportes com resultados dos jogos de 1950 a 2000, e que seria usado por Marty para lucrar com apostas, ele se depara com uma lixeira que circula pela rua e abre sozinha para depositar o lixo. Em 2012, um cara inventou um lixo com rodas que, com ajuda de um Kinect, detecta movimentos e vai para o local onde foi arremessado o objeto. Só falta produzir algo similar em larga escala.
BIOMETRIA PARA ABRIR PORTAS - No filme, policiais levam Jennifer para a casa dos McFly e usam seu polegar para abrir a porta da frente. Até já temos algo igual, mas as fechaduras biométricas são caras, pouco acessíveis e ficam ainda restritas às feiras de tecnologia e de utilidades domésticas. Mas as chances de popularizarem daqui a uns anos são boas
BIOMETRIA PARA COMPRAS - Os personagens do futuro também usam o polegar para realizar pagamentos; Biff faz isso para pagar uma corrida de táxi (ou será um Uber?). O pagamento por celular já toma forma via Apple Pay e Android Pay, e possivelmente usarão o recurso de reconhecimento de impressão digital dos smartphones mais avançados.
AUTOMAÇÃO DE SERVIÇOS - Um posto de combustível sem frentistas, operando apenas com robôs. É realidade? Não mesmo, mas os robôs poderão nos próximos anos substituir alguns tipos de trabalho, como motoristas de táxi, operários de fábrica e até jornalistas.
HOLOGRAMAS 3D - Uma boa piada visual do filme é quando Marty se assusta com o anúncio holográfico no cinema que exibe "Tubarão 19", dirigido por Max Spielberg, filho de Steven. Se por um lado o cinema 3D está bombando atualmente, este ainda precisa de óculos e do ambiente fechado do cinema para funcionar. Já a holografia, embora não tão avançada como no filme, começa a ganhar usos no entretenimento; começou em 2012, quando o rapper Tupac Shakur, morto em 1996, se "apresentou" em um festival. Hologramas de Renato Russo e Cazuza fizeram o mesmo no Brasil depois.
ROUPAS "AUTOSECANTES" - Quando Marty cai em uma fonte, sua jaqueta liga o modo de secagem rápida, um ar quente sobe pela roupa, e em poucos segundos está feito. O que temos no nosso 2015? Apenas as secadoras automáticas das nossas casas, ou fabricantes que buscam desenvolver tecidos que absorvam a transpiração, promovam a transferência da umidade do corpo para o ambiente e sequem rapidamente.
ROUPAS "AUTOAJUSTÁVEIS" - O tênis que amarra cadarços automaticamente e a jaqueta que fica no tamanho certo do usuário com o apertar de um botão estão entre os itens mais desejados pelos fãs da trilogia. A Nike prometeu para esse ano ainda o tênis idêntico ao do filme, inclusive na tecnologia de cadarço automático. Só resta aguardar. PS do Blog: A Nike oficializou o lançamento do tênis dia 21/10/2015, porém será uma edição limitada e vai ajudar a instituição The Michael J. Fox Foundation.
TROCA DE ÓRGÃOS EM PLÁSTICAS - "Fui a uma clínica de rejuvenescimento e fiz uma reparação completa. Eles tiraram algumas rugas, arrumaram o cabelo, mudaram o sangue, adicionaram uns 30 ou 40 anos à minha vida. Substituíram também meu baço e meu cólon", diz o doutor Brown a Marty, enquanto tira um tipo de máscara facial e fica igualzinho ao que estava antes. Trocar órgãos para melhorar a estética não faz sentido, mas a modelo brasileira Ângela Bismarchi já reconstruiu o próprio hímen. E superando até a ficção, os transplantes de face vêm sendo experimentados há alguns anos, mas apenas para reparar feridas graves.
ASSISTENTES VIRTUAIS - Em um bar "retrô dos anos 80", sósias virtuais de Michael Jackson, Ronald Reagan e do aiatolá Khomeini atendem os clientes em telas movidas pelo bar. A inteligência artificial ainda não é tão independente e popular assim, mas os assistentes virtuais dos celulares - Siri (iOS), Google Now (Android) e Cortana (Windows) - têm essa pretensão e, quem sabe, são o começo para uma realidade como a do filme.
ÓCULOS MULTIUSO - Os filhos de Marty McFly sentam à mesa de jantar usando óculos para assistir a vídeos e atender ligações telefônicas. O filme não apenas anteviu o mau hábito de deixar a tecnologia tomar conta dos momentos familiares, mas os óculos com acesso a internet e multitarefa que o Google vem tentando implementar faz alguns anos. E convenhamos, os do filme são bem mais feios que os da vida real.
DRONES EM TODA PARTE - Apesar de não usarem esse nome no filme, os drones estão lá, tirando fotos para jornais e levando cachorros para passear. Esse segundo uso ainda não aconteceu (por enquanto), mas o primeiro já é bem real: a "Folha de S. Paulo" começou com isso em 2013, para filmar protestos em São Paulo. Mas a era dos drones está só começando na realidade e promete extrapolar em muito as possibilidades do filme.
CDS E LASERDISCS NO LIXO - Na década de 80, quando os filmes foram filmados, os CDs e laserdiscs eram a última palavra em mídia audiovisual, mas o filme satiriza isso colocando-os como entulho em um beco. Laserdiscs de fato nunca chegaram a se popularizar - eram caros para a época - mas os CDs reinaram nos anos 90. Só agora, em 2015, o avanço dos serviços de streaming de música e de vídeos ameaçam CDs e DVDs, que correm risco de entrar em declínio muito em breve.
JORNAIS IMPRESSOS - Esse é daqueles casos em que a realidade superou a ficção. Os personagens do filme compraram um jornal de papel em pleno 2015, que de fato ainda estão por aí. Por outro lado, ninguém da produção previu o advento da internet, dos tablets e dos e-readers. Fala-se que eles irão substituir o papel para leitura, mas isso ainda é especulação, pelo menos por enquanto. PS do Blog: Uma justificativa mais plausível para ainda usarem jornais ou fotografias no filme, é o fato de que quando eles alteram algo do passado, eles imediatamente conseguem ver o resultado se alterando no papel. O resultado visual (tanto para o filme quando para a vida real) é muito mais impactante. Uma tela de tablet "modificar" uma noticia não é algo que impressione, mas um jornal impresso é quase um milagre (e nos dá a certeza absoluta que "algo" realmente mudou no passado). ;)
ORELHÕES - Outra tecnologia defasada no nosso 2015 deu as caras do filme: os orelhões, embora reformulados no visual, estão lá. Tudo bem, ainda temos orelhões, mas quase ninguém os usa desde que celulares se tornaram populares. Há ideias, porém, de adaptá-los para necessidades mais atuais, dando-lhes acesso à internet ou transformando-os em pontos de sinal wi-fi (ou recarga de celular).
"SMARTV" - É outra tecnologia em que o filme conseguiu prever, mas não com esse nome. A TV da família McFly é um grande canivete suíço: ela permite assistir a múltiplos canais ao mesmo tempo, que nem fazemos no mosaico das TVs por assinatura ou em alguns modelos de TV. Outros recursos são as ordens recebidas por voz e a videoconferência, como veremos a seguir.
VIDEOCONFERÊNCIA DOMÉSTICA - Quem usa Skype ou Hangouts hoje em dia para falar com alguém via webcam deve se familiarizar com a cena em que Marty fala com o chefe pela TV. Na realidade, muitos ainda acham mais prático falar pelo computador, mas os celulares já permitem isso e uma TV com o periférico Kinect pode transformar sua televisão da sala em um monitor de videoconferência, na proporção que o filme mostra.
COMANDOS DE VOZ E "PAPEL DE PAREDE" - Não apenas a TV de Marty, mas outros objetos da casa respondem a comandos de voz o tempo todo. É o que os assistentes virtuais dos celulares e o Kinect querem oferecer aos usuários, mas a tecnologia ainda têm chão para avançar e ser mais precisa e completa. Além disso, a TV quando está em modo espera mostra uma imagem de obra de arte, como também faz o aparelho da Google para TVs, o Chromecast.
FAXES - O chefe de Marty o demite via videoconferência e a seguir lhe envia um fax com a temida mensagem. São poucos os usos práticos do fax hoje em dia - bancos e repartições públicas ainda os têm - mas é mais comum hoje a impressora caseira ligada a um computador, que pode imprimir qualquer mensagem ou conteúdo que chegue pela internet. Além disso, escaneiam papéis e copiam documentos. A realidade venceu o filme mais uma vez.
TVS COM TELA PLANA - Outro acerto do filme foi ter decretado a morte das televisões de tubo, com suas dimensões espaçosas e pesadas. As TVs e projeções do filme nunca ocupam mais do que alguns centímetros de espessura, como ocorre atualmente.
CÂMERAS DIGITAIS - O doutor Brown usa uma maquininha do tamanho de uma carteira para vigiar o filho de Marty, Marty Jr, e ela também tira fotos à distância. Reconheceu as câmeras digitais de hoje em dia? O que o filme não contava é que nossos smartphones conseguem ser telefone e câmera portátil - entre outras coisas - ao mesmo tempo, e com o mesmo tamanho.
VESTIMENTA COM PAINÉIS - Como visto neste álbum, o filme também previu que as roupas poderiam fazer mais do que vestir. As policiais usam quepes com painéis com LED que dizem seus nomes. Algo bem parecido -e igualmente cafona - com as camisetas que usam painéis como estampa. Mas felizmente, a tecnologia wearable da nossa realidade está mais interessada em recursos mais práticos, como no caso do Google Glass e dos smartwatches, já citados neste álbum.
Fonte:
http://tecnologia.uol.com.br/